segunda-feira, 29 de abril de 2013

Pugliesi defende rigor da PF em investigação da Operação Fractal


Operação resultou na prisão de um assessor lotado no gabinete do deputado e de policiais militares e civis

O deputado estadual Waldyr Pugliesi (PMDB) defendeu, em pronunciamento nesta segunda-feira (29), rigor nas investigações da Operação Fractal, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na madrugada da última quinta-feira (25). O monitoramento, iniciado pela PF em 2010, resultou na prisão de um assessor lotado no gabinete do deputado e de policiais militares e civis, acusados de contrabando de cigarro na fronteira do Brasil com o Paraguai.

“Surpreso pelos acontecimentos do dia 25 de abril, venho a esta tribuna, para fazer um relato racional e verdadeiro em relação àquilo que aconteceu”, declarou Pugliesi. O deputado informou que estava com tudo programado para viajar a sua região, para compromissos pré-agendados.

Pugliesi informou que foi acionado por um diretor da Assembleia sobre a existência de um mandado de busca e apreensão que deveria ser executado na sala de um dos seus funcionários. Ele destacou que orientou a abertura de todo o gabinete, o que foi prontamente recusado pelos agentes da PF.

O deputado recordou parte de sua trajetória na vida pública com 10 mandatos – três vezes prefeito de Arapongas – e nunca teve as contas rejeitas. Pugliesi é um dos fundadores do MDB-PMDB do Paraná e em 1988 foi deputado federal na legislatura que elaborou a Constituição Brasileira.

Pugliesi citou uma frase do escritor Ortega e Gasset: “O homem é ele mesmo e as suas circunstâncias”. “Estava numa circunstância criada e aqui defendo até as últimas consequências a atuação do Judiciário, da Polícia Federal, de todos aqueles que têm que cumprir com a sua obrigação”.
“Me coloquei inteiramente a vontade logo no primeiro minuto. Defendo o total rigor nesta investigação”, frisou. “Estou aqui por que quero dar satisfações aos amigos, aos companheiros, aquelas pessoas que conheço, com as quais convivi e com as quais que não convivi”, informou.

O deputado Ênio Verri, presidente estadual do PT, disse em aparte que Pugliesi não devia explicação para nenhum dos demais deputados. “Tem a nossa total confiança. Sou solidário e pode contar conosco sempre. A sua trajetória política é a sua melhor resposta”, concluiu.

O líder do PMDB, Teruo Kato, disse que Pugliesi tem o total apoio da bancada pela sua história e trajetória como político. “Também pela sua conduta em todos os mandatos que exerceu, pela sua luta e embate. Além do mais, todos que estão na vida pública estão sujeitos a este tipo de situação”, destacou.

O líder do governo, Ademar Traiano (PSDB) também prestou solidariedade a Pugliesi. “Não tenho dúvida alguma do sofrimento seu e de sua família neste momento em que foi pego de surpresa, assim como todos nós”.

O presidente da Assembleia, Valdir Rossoni (PSDB), falou em nome dos demais parlamentares. Rossoni destacou a lisura e a conduta do deputado, que atestam sua idoneidade frente às denúncias.

Ao final do discurso, Pugliesi foi aplaudido pelos deputados que fizeram questão de cumprimentá-lo. O deputado Ney Leprevost (PSD), que falou logo após, dedicou parte de seu pronunciamento para enaltecer a história política de Waldyr Pugliesi.

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