quinta-feira, 11 de abril de 2013

APUCARANA FUNCIONÁRIOS DE EMPRESAS LACRADAS PELO GAECO PROTESTAM NO CENTRO DA CIDADE


Centenas de funcionários desempregados após operação do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que lacrou 16 indústrias de confecções em Apucarana se reuniram, na manhã desta quinta-feira (11), para fazer uma passeata pelas ruas centrais de Apucarana com a finalidade de protestar.
Os desempregados gritavam palavras de ordem, fizeram apitaço e seguiram a pé até a prefeitura com cartazes e faixas com a frase "Queremos trabalhar". O objetivo deles é reivindicar a recontratação dos trabalhadores das empresas lacradas. A mobilização coincide com a visita do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB) à cidade.

A costureira Maria Aparecida Santos estava na manifestação. "Hoje Apucarana é a capital do desemprego. Não temos nada a ver com pirataria, precisamos e só queremos trabalhar", afirmou. 
Outra costureira, Sueli Rosa dos Santos, também reclamou da situação. "Há tanto tráfico de drogas e outros crimes piores para serem reprimidos. Nós temos família para tratar e agora estamos nessa situação desesperadora", desabafou.
O esquema - O esquema de falsificação e pirataria, desbaratado pelo Gaeco em Apucarana na terça-feira (9), utilizava cheques como "moeda corrente". Durante as diligências, os promotores apreenderam mais de R$ 2 milhões em cheques em uma só empresa. Um dos empresários detidos tinha em seu nome mais de 40 imóveis. Outro havia acabado de comprar uma fazenda no valor de R$ 10 milhões. "Os cheques só eram depositados em transações de terceiros. Nunca para pagar algo relacionado às empresas usadas no esquema. É por isso que as atividades operacionais do esquema ficavam escondidas", argumentou.
Os empresários são acusados de sonegar diversos impostos com o esquema de falsificação. A Receita Federal ainda vai avaliar o dano causado aos cofres públicos através do não recolhimento de diversos tributos, como o PIS/COFINS e o Imposto de Renda.
 Propina Os empresários também são acusados de pagar propina a policiais civis de Apucarana. Dois investigadores e o então delegado-chefe da cidade, Valdir Abrahão, foram detidos por suspeita de acobertar e proteger o esquema em troca da vantagem indevida.
Além do trio, outras 21 pessoas foram detidas durante a operação. Os policiais foram encaminhados para Curitiba. Os demais estão presos na unidade dois da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL 2) e um policial militar da reserva está recolhido ao 10º BPM.
Todos são acusados de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e corrupção - ativa e passiva.
FONTE TNONLINE 

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