quinta-feira, 11 de julho de 2013

Prefeitura estuda reassumir jazigos

A administração do Cemitério Municipal de Arapongas estuda reassumir os jazigos em estado de abandono como forma de ampliar as vagas no local, que estão com os dias contados. Um projeto de lei nesse sentido está sendo formulado pelo Departamento Jurídico da prefeitura e deve ser apresentado na Câmara de Vereadores após o recesso parlamentar. Se aprovada, a medida deve garantir a continuidade dos sepultamentos por até cinco anos. 

A corrida contra o tempo por uma solução à escassez de vagas na necrópole ganhou notoriedade no início do ano, quando foi revelado que os espaços passíveis de sepultamentos acabariam dentro de um ano e meio. Em maio, o coordenador, Emerson Mendonça participou de um curso de engenharia de cemitérios em Curitiba e voltou com algumas propostas. “A ideia principal é dar um prazo de um ano para que os donos de jazigos em mau estado de conservação se manifestem. Se não houver procura, eles retornariam ao município”, explica. 

Num simples passeio no local é possível observar desde túmulos com cimento deteriorado, até aqueles quase submersos na terra. Segundo Mendonça, essa situação é encontrada em cerca de três mil sepulturas, o que representa 12% das cerca de 25 mil existentes. “Se considerarmos uma média de 600 enterros por ano, a medida poderá aumentar a vida útil do cemitério em mais cinco anos”, estima, completando que também é analisada a possibilidade de construção de túmulos verticais. “Se conseguirmos colocar os ‘verticais’, teríamos até mais vinte anos. Mas esse é um caso um pouco mais complicado, porque depende de liberação ambiental”, ressalva. 

PROJETO EM ANÁLISE - Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Justo Marques, como Arapongas não possui lei específica que autorize o município a reassumir os jazigos, será necessário enviar projeto de lei à Câmara para possibilitar a medida. “Nosso Departamento Jurídico está analisando esse caso e, entre agosto e setembro, deveremos enviar o projeto”, calcula o secretário.

Outra ação que pode atenuar o problema, conforme Marques, parte da iniciativa privada. Uma empresa de serviços funerários da cidade já teria, inclusive, adquirido um terreno para construir um novo cemitério. A implantação de um crematório, uma outra alternativa cogitada pela administração no início do ano, está momentaneamente descartada. Além dos altos custos, o projeto esbarraria na questão cultural.


fonte tn online 

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