O número de homicídios contra jovens no Vale do Ivaí e região cresceu de 2010 para 2011. É o que mostra o Mapa da Violência 2013: Homicídios e Juventude no Brasil, elaborado pelo Centro de Estudos Latino-Americanos (Cebela), com dados do Ministério da Saúde. No ranking dos municípios paranaenses com mais de 10 mil jovens, Apucarana aparece em 20º lugar, e Arapongas em 29º.
Foram 20 jovens mortos de maneira violenta em 2010 no somatório das cidades do Vale do Ivaí e Arapongas. Já em 2011, o número saltou para 26 homicídios. O estudo entende mortes violentas como aquelas não-naturais como suicídio, homicídio e acidente automobilístico.
De acordo com o estudo, são quase 73 mil jovens entre 14 e 25 anos vivendo nas cidades da região. A taxa de homicídios por 100 mil jovens é de 35,6.
Apucarana é a cidade com maior número de mortes. Tanto em 2010 quanto em 2011, metade dos homicídios ocorreram na cidade (10 e 13, respectivamente). A cidade está na 192ª posição nacional. Na sequência aparece Arapongas, local de quatro mortes de jovens em 2010 e seis em 2011, alcançando a 337ª posição no Brasil.
Ivaiporã é a terceira cidade da região em número de homicídios de jovens. Em 2010 foram dois casos. Em 2011, esse número dobrou. O município não entra nos rankings estadual e nacional por não possuir mais de 10 mil jovens.
TRÁFICO DE DROGAS - O delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP), Ítalo Sêga, explica que os jovens são os principais alvos de homicídios. “Os jovens estão mais expostos a situações de risco e por isso são as principais vítimas. Além do mais, eles são os principais envolvidos no tráfico de drogas, que é o maior motivo dos homicídios atualmente”.
Na opinião do delegado, o combate ao tráfico de drogas é a principal ação que levaria a uma diminuição desses números. “Existe uma grande pandemia na sociedade hoje em dia, e ela é causada pela droga. Se acabasse o tráfico, com certeza os números cairiam drasticamente”, avalia.
A presidente do Conselho de Segurança (Conseg) de Apucarana, Ana Maria Schmidt, afirma que a situação do jovem na sociedade é preocupante. “Só no Minipresídio de Apucarana 85% dos presos são jovens. É necessário investimento não só municipal, mas também estadual e nacional, de modo que sejam realizadas ações efetivas, globais e amplas, ao invés de medidas pontuais que apenas remediam o problema”, diz.
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