Segundo o sindicato que representa a categoria, o local enfrenta condições precárias, com quadro de superlotação, e ainda possui um agravante: o fácil lançamento de objetos para os detentos.
Desde que a rebelião começou na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), os presos de Londrina tiveram rotina alterada. Foram suspensos os banhos de sol e também as atividades profissionalizantes e aulas tiveram que ser interrompidas. De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), Adilson de Moura, o clima é tenso.
"O que aconteceu em Cascavel nada mais é que uma tragédia anunciada. Se nada for feito em Londrina corremos o risco de enfrentar a mesma situação", afirmou nesta quarta-feira (27). São 350 agentes que se revezam nos trabalhos das quatro unidades prisionais do município. A categoria pede imediata contratação de novos servidores, além de melhores condições de trabalho.
"São pessoas que fazem a guarda de presos, que estão na escolta, diretoria, administrativo ou até mesmo no desvio de função, por falta de outros servidores. O estado é de alerta e de atenção redobrada", comentou. O grupo também quer a efetivação de profissionais técnicos, como médicos e advogados. "A gente sabe do descontentamento da massa, sabemos dos problemas dos presos", disse.
Moura ainda falou sobre o peso da rebelião em Cascavel. Segundo o presidente do Sindarspen, nos últimos dias os presos de Londrina chegaram a ameaçar que também fariam um motim, elevando o clima de medo. "A divulgação é muito rápida e eles falavam sim que iriam 'virar' tudo aqui em Londrina", pontuou.
A tragédia em Cascavel terminou com cinco detentos mortos, sendo dois deles decapitados, e outras 25 pessoas feridas. Há investigações do Estado com relação ao desaparecimento de outros sete detentos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário