sábado, 1 de junho de 2013

Enfermeiros aprovados em 2009 contestam abertura de novo concurso municipal

Parte das vagas em enfermagem criadas pela Prefeitura de Londrina para concurso público, com edital publicado na sexta-feira (31) poderia ser preenchida por aprovados em processo seletivo realizado em 2009. Com base nesta alegação, pelo menos 10 enfermeiros pretendem entrar com uma ação na Justiça na próxima segunda-feira (2) pedindo a anulação do novo processo de contratação.
Segundo o grupo, um dos principais problemas está nas novas vagas abertas para o cargo de enfermagem em urgência e emergência. Como o concurso anterior, de 2009, não previa especialidades, todos os aprovados podiam assumir cargos em qualquer área da enfermagem dentro da Autarquia Municipal de Saúde, inclusive nos setores de urgência e emergência, como o Samu.
É o caso de Manoel Carlos Arantes, aprovado no concurso de 2009 e convocado para assumir o cargo de promotor de Saúde Pública na diretoria de Urgência e Emergência. A convocação foi publicada no Jornal Oficial do Município da última sexta-feira (31). Com o novo edital, porém, apenas os aprovados no concurso público deste ano poderiam assumir tal vaga.
A enfermeira Kelly Cristina Hummel, aprovada em 2009 mas ainda não convocada, questiona o novo concurso. “Se estão criando novas vagas, onde exigem a especialização, quer dizer que essas pessoas nomeadas até agora não são capazes de assumir os cargos. Eles vão ser exonerados?”, questiona. Segundo ela, após prorrogações, o concurso ainda tem validade até 14 de abril do ano que vem.
Érika Tudisco de Carvalho também foi aprovada no concurso anterior, e tem a mesma reclamação de Kelly. “Naquele processo seletivo, a jornada para o cargo de enfermagem era de 30 horas. Tenho cinco anos de experiência em UTI. Mesmo assim, não sou considerada apta para essas novas vagas de enfermagem em urgência e emergência”, aponta. Segundo as especificações do novo edital, ela estaria de acordo com os pré-requisitos.
Para o secretário municipal de Saúde, Francisco Eugênio de Souza, a explicação é simples. “Essas vagas de enfermagem em urgência e emergência não existiam antes. Quem foi aprovado nesse concurso de 2009 foi aprovado como enfermeiro. Quando abrir uma vaga de enfermeiro, e só enfermeiro, essas pessoas serão chamadas. Isso dentro do prazo de validade do concurso anterior”, diz.
Em relação ao caso de Érika, que teria qualificações suficientes para assumir um dos cargos recém-criados no novo concurso, o secretário é taxativo. “Todos os interessados têm que concorrer na mesma condição, em igualdade. Esse cargo não existia antes, e por isso precisa de um novo concurso”, justificou.
fonte:j.l.

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