terça-feira, 11 de novembro de 2014

Repercussão: Qual o limite da abordagem policial?...(Click para ler mais)

A abordagem de um homem realizada por dois guardas municipais de armas em punho em via pública do anel central de Arapongas, no final do mês de outubro, continua gerando polêmica e controvérsia nas redes sociais.
o tenente-coronel Aimoré Nunes Moreira avaliou a abordagem - Foto: Delair Garcia



Polícia Militar faz poucas restrições O comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Aimoré Nunes Moreira, que está na ativa há mais de 30 anos, assistiu o vídeo e considerou normal a abordagem realizada. Conforme frisa Aimoré, o agente de segurança do poder público deve agir de forma a salvaguardar a integridade dos cidadãos e a própria integridade.   

“Não considero a abordagem em questão abusiva,.Apenas o linguajar, a forma de se manifestar, poderia ser um pouco diferente. Mas vale ressaltar que já perdemos vários e valorosos companheiros de farda em abordagens e os cuidados básicos de segurança para o policial devem ser compreendidos pela população”, pontua o tenente-coronel. O major Roberto Francisco Cardoso, instrutor de tiro e abordagem do 10º BPM, destaca que a polícia está autorizada a abordar pessoas que estejam na rua ou em ambiente aberto ao público. “A abordagem normalmente se destina a identificar a pessoa (daí a facilidade de quem porta os documentos) e inclui revista pessoal, que consiste em revistar a pessoa e seus objetos, contidos ou não em bolsas ou valises. De regra, mulheres devem ser revistadas apenas por policiais mulheres”. Ele acrescenta que os policiais têm obrigação de respeitar as pessoas. “Cometem crime de tortura, de lesão ou morte, ou de abuso de autoridade, entre outros, quando agridem injustificadamente as pessoas, quer por atos quer por palavras. Por outro lado, os cidadãos abordados pelos policiais devem respeitá-los e obedecer às determinações legais”, ressalta o major.

presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Apucarana, Adriano Gameiro - Foto: Delair Garcia

O presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Apucarana, Adriano Gameiro, também não viu problema no procedimento da GM. “De uma maneira geral, não vi problema sério na abordagem, houve sim excessos de ambas as partes, tanto do comportamento irônico do casal quanto de gestos que os guardas fizeram. Os GMs até tiveram uma atitude positiva, mesmo com os excessos, se controlaram bem”.

Ele ressalta que em momento algum os guardas impediram a mulher de filmar. “Isso reflete o quanto os guardas estavam tranquilos e seguros do procedimento”. Segundo Gameiro, é difícil determinar de fato o que teria ocorrido antes do que mostra o vídeo, no entanto, para ele a ação não pareceu abusiva, embora possam ter ocorrido sim pequenos deslizes tanto de uma parte quanto de outra. Houve uma postura irônica do homem abordado, com certa resistência ao procedimento dos guardas e também um deslize do guarda, que usou palavras de baixo calão quando falava com o homem que estava sendo abordado; ele teria se excedido ali”, avalia.  Gameiro avalia que ainda há um problema de aceitação para o relacionamento entre GMs e a sociedade. “Ainda se pensa muito na Guarda como um grupo que não tem como função primária esse tipo de abordagem. Talvez por isso, quando a pessoa é abordada pela guarda, ela não está acostumada a isso e o respeito é menor do que pela Polícia Militar, por exemplo”, completa.


Fonte: TNOnline

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