O Brasil poderia ter tido melhor sorte no começo, quando conseguiu ficar com a bola e fazer as melhores jogadas. A torcida gritava o nome de David Luiz, que era dúvida por causa de uma lombalgia, mas se recuperou a tempo e foi escalado, quase que antevendo o gol que ele faria aos 17 minutos, após escanteio cobrado por Neymar e desviado por Thiago Silva.
Como se previa, não foi um jogo fácil, mas desta vez muito mais por culpa do Brasil, que teve atuação ruim, apesar da vontade. Alguns erros na defesa incendiavam os chilenos nas numeradas e dentro do campo. Alexis Sánchez jogou pelo lado direito, prendendo Hulk e Marcelo. De vermelho, o camisa 7 era um demônio com a bola.
Se Neymar não fosse de circo, com seu malabarismo a cada pancada, certamente poderia ter se machucado no Mineirão. Apanhou sem se intimidar. O gol de David Luiz deixou a seleção mais tranquila, embora tenha dado muito campo para os rivais. O Brasil dessa vez não trocou posições. Oscar permaneceu plantado na direita. Neymar, na esquerda. Hulk e Marcelo, auxiliados por Luiz Gustavo, fechavam a única porta de entrada do Chile. E foi por ali que Alexis Sánchez mostrou por que joga no Barcelona.
Ele empatou o jogo aos 32 minutos, esfriando a animação da torcida brasileira. Metade dos méritos dos eu gol foi de Hulk. O atacante errou passe na lateral e entregou a bola nos pés de Vargas, que encontrou o companheiro na área: 1 a 1. Que drama! O jogo que estava nas mãos do Brasil voltou a ficar tenso, duro, chato, difícil.
O juiz, colocado em xeque pelos chilenos na semana que antecedeu a partida, foi criticado por Parreira, Felipão e todos da seleção. Deixou o jogo correr, sem marcar as muitas faltas reclamadas.
No segundo tempo, o Brasil teve as melhores chances, raras, mas efetivas, ora com Neymar, ora com Hulk. O jogo, no entanto, estava nas mãos do Chile, assim como a bola nos seus pés. Aos 19, Julio Cesar salvou, com grande defesa em chute de Aranguiz. O goleiro manteve o Brasil vivo, insuficiente, porém, para evitar a prorrogação.
Todos os fantasmas de 1950 voltaram a assombrar o brasileiro, como nunca antes. A seleção teve chances de marcar, mas não como o Chile, quando Pinilla acertou o travessão. A decisão foi para os pênaltis. Deu Brasil.
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