O
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa,
anunciou hoje (29), no início da sessão plenária da Corte, sua decisão de se
afastar do cargo e do serviço público, no fim de junho. “Afasto-me não apenas
da Presidência, mas do cargo de ministro”, informou, ressaltando que deixará o
serviço público após quase 41 anos
. "Tive a felicidade, a satisfação e a
alegria de passar a compor esta Corte, no que é talvez o seu momento mais
fecundo, de maior criatividade e de importância no cenário
político-institucional do nosso país. Sinto-me deveras honrado de ter feito
parte deste colegiado e ter convivido com diversas composições e,
evidentemente, com a atual composição do Supremo Tribunal Federal. Eu agradeço
a todos. Muito obrigado”.
Na
qualidade de ministro mais antigo presente no Plenário no início da sessão, o
ministro Marco Aurélio lamentou a saída antecipada do ministro Joaquim
Barbosa. Ele lembrou a atuação do ministro Joaquim Barbosa nos trabalhos das
duas Turmas e no Plenário da Corte, particularmente sua participação, como
relator, no julgamento da Ação Penal (AP) 470. “Tendo em conta desígnios
insondáveis – não atribuo apenas ao computador –, Vossa Excelência veio a ser
relator de uma ação penal importantíssima na qual o Supremo, como colegiado,
acabou por reafirmar que a lei é lei para todos, indistintamente. Acabou por
revelar que processo em si não tem capa, processo tem conteúdo, e que não se
agradece este ou aquele ato a partir da ocupação da cadeira no próprio
Supremo”, ressaltou.
PGR
O
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, lamentou a saída do ministro
Joaquim Barbosa, qualificando-a como “prematura”. Lembrou que assumiu ao lado
dos atuais ministros Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes, em 1º de outubro de 1984,
a função de procurador da República e que “jamais imaginaria que, um dia, viria
a compartilhar julgamentos com eles na Suprema Corte”. Janot apresentou a
Joaquim Barbosa os agradecimentos do Ministério Público brasileiro por sua
atuação.
Biografia
Barbosa estudou direito na UnB (Universidade de Brasília) e possui mestrado e doutorado pela Universidade de Paris. É professor licenciado da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). É fluente em francês, alemão, inglês e italiano.
Antes do STF, integrou o Ministério Público Federal por 19 anos (1984-2003). Ocupou ainda diversos cargos no serviço público: foi chefe da Consultoria Jurídica do Ministério da Saúde (1985-88), advogado do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) (1979-84), oficial de chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979), tendo servido na Embaixada do Brasil em Helsinki, Finlândia.
Barbosa estudou direito na UnB (Universidade de Brasília) e possui mestrado e doutorado pela Universidade de Paris. É professor licenciado da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). É fluente em francês, alemão, inglês e italiano.
Antes do STF, integrou o Ministério Público Federal por 19 anos (1984-2003). Ocupou ainda diversos cargos no serviço público: foi chefe da Consultoria Jurídica do Ministério da Saúde (1985-88), advogado do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) (1979-84), oficial de chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979), tendo servido na Embaixada do Brasil em Helsinki, Finlândia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário